Entrevistas

Revista Época  " Quero  Ser Patrão   "

      O LADO EMPREENDEDOR DE FÁBIO PORCHAT. COM MAIS QUATRO SÓCIOS, ELE ESTÁ CONSEGUINDO LUCRAR COM HUMOR NA INTERNET


  


Fábio Porchat, de 29 anos, é um ator multitarefa e muitíssimo ocupado. Está na TV aberta, na TV fechada, no teatro e no cinema – seu próximo filme, "Vai que dá certo", estreia em março. A entrevista marcada no começo da semana passada com o comediante Fábio Porchat inicialmente era para ser feita por e-mail, a pedido do próprio. Depois que enviamos as perguntas, o humorista decidiu conversar com NEGÓCIOS por telefone. “Tenho uma preguiça de responder e-mail”.
Há pouco tempo Porchat tornou-se também um empreendedor ao fundar a Porta dos Fundos, empresa que produz e veicula vídeos de humor na internet, com Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Antônio Tabet e o Ian SBF.
Fundado em agosto e já contabilizando 90 milhões de visualizações, o canal no YouTube do Porta dos Fundos já virou uma empresa lucrativa. Passou a dar lucro depois que um de seus vídeos, que criticava o atendimento da rede de fast food Spoleto, viralizou. A empresa criticada resolveu contratá-los para que eles fizessem a continuação da história com outros dois vídeos pagos, que também bombaram na web.
Em entrevista à NEGÓCIOS, Porchat falou sobre a rotina de sua empresa, contou as propostas indecentes que recebe e revelou o segredo para lucrar na internet.




Como funciona o dia-dia da Porta dos Fundos? Como é dividido o trabalho?
Somos cinco sócios: eu, o Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Antônio Tabet e o Ian SBF. Nós temos uma empresa funcionado com pessoas que vão todos os dias no escritório. Os funcionários produzem, editam os vídeos, correm atrás de figurinistas, maquiadores e etc. O Ian, que é o diretor e editor dos vídeos, está lá todos os dias editando os vídeos para serem lançados às segundas e quintas-feira. Eu, o Antônio e o Gregório escrevemos os textos. Eles mandam os textos pra mim e eu reúno tudo para a gente ler e aprovar. Depois de aprovado, a gente manda para produção. A parte administrativa e comercial fica com o João Vicente. É ele quem vai nas reuniões com as empresas. Os nossos encontros acontecem duas vezes por semana. Os cinco sócios se reúnem para ler e aprovar os textos e falar da parte comercial da empresa. A gente conversa para decidir quais rumos tomar e sobre as propostas que recebemos.
Não existe nenhum dia fixo de gravação. Não tem essa de toda segunda a gente grava, por exemplo. É quando dá. É quando a gente consegue achar um espaço na nossa agenda, quando consegue achar o local certo para gravar. Então varia muito: pode ser sábado ás 8h da manhã ou pode ser quarta às 21h da noite. 
Como vocês ganham dinheiro com o Porta dos Fundos? Como vocês financiam a produção dos vídeos? Como é feito o pagamento dos participantes dos vídeos?
A empresa começou em agosto e a gente começou pagando do nosso próprio bolso. A partir da entrada do Spoleto, que foi o nosso primeiro patrocinador, a gente passou a ter um dinheiro vindo de fora. Nós ainda não pegamos nenhum dinheiro para gente. Tudo que a gente ganha, a gente reinveste na empresa. Com esse dinheiro, nós pagamos os funcionários e as produções dos vídeos. Com o lucro, nós também contratamos novos empregados e serviços, como um figurinista, um maquiador e uma assessoria de imprensa.

     
Quanto custa, mais ou menos, a produção de um vídeo? 
Aí você quer me pegar porque eu não faço a menor ideia. Eu sou do criativo. Quem sabe tudo de valor é o Ian. Eu sei que eu vou fazendo os vídeos e, quando eu vejo, a magia acontece. Quando eu vejo já está lá, postado. O que eu sei é que a gente não gasta com aluguel de equipamento. Nós temos o nosso próprio equipamento profissional: câmera, som e luz.. A gente só gasta com aluguel do espaço, com os atores, figurino e maquiagem.
O valor gasto com cada vídeo varia muito: no vídeo Ku Klux Klan, por exemplo, a gente mandou fazer dez figurinos diferentes. Esse vídeo ficou muito mais caro do que o vídeo do Superávit, que sou eu com o meu terno sentado em uma mesa de escritório.
A produção volta e meia me pede: Fábio, pelo amor de Deus, escreve um texto fácil de produzir. Nesta segunda-feira (28/01), a gente gravou um vídeo sobre os dez mandamentos e todos foram para Cabo Frio. Nós alugamos uma van, tinham dez pessoas vestidas de Moisés, tinha peruca, a gente levou uma mulher só para colar barba – foi uma super produção. 
No início, o Porta dos Fundos trazia alguns vídeos mais longos com várias esquetes. Porque mudaram o formato trazendo vídeos mais curtos? Quais as vantagens do novo formato?
Nos primeiros quatro meses de empresa, só na primeira segunda-feira do mês a gente lançava um programinha de 12 a 15 minutos com várias cenas. A gente resolveu não lançar mais esse tipo de programa, por que a gente tinha o mesmo número de visualizações de outros vídeos de esquete solto. Se alguém gosta de um esquete e quer indicar para outra pessoa, não indica os oito esquetes juntos. A gente percebeu que era mais fácil viralizar quando o vídeo tinha uma cena só. A outra vantagem é porque a cada mil views, nós ganhamos um determinado valor da Fullscreen Network (empresa que patrocina diversos canais do Youtube ), é importante que viralize.
Quantos vídeos patrocinados vocês já fizeram? 
A gente já fez um vídeo patrocinado para o Spoleto, um vídeo interno para os funcionários da Caixa e mais três vídeos para a Fiat, que vão ser lançados depois do carnaval.
Vocês levariam o Porta dos Fundos para a TV, por exemplo?
Não. A gente já recebeu muitos convites de canais de televisão: Multishow, TBS, Globo e nós dissemos não para todas. Todos os sócios vieram da televisão. Nós não estamos usando o Porta dos Fundos como trampolim para ir para a televisão. Ao contrário, nós viemos da TV. A gente vem da TV para ficar na internet. A gente quer ficar na internet e acho que é uma decisão certa, porque nós ganhamos ano passado o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor programa de humor na TV e a gente está na internet. Acreditamos no que achávamos que iria dar certo e acabou dando.
Apesar de estar presente na TV e no teatro, você diz sempre que prefere a internet. Por que a preferência?
É porque na internet eu sou o dono do meu próprio negócio. Na internet eu sou o Roberto Marinho da parada. Junto com o pessoal, obviamente. Somos os cinco Robertos Marinhos. É maravilhoso. Nós temos a liberdade de fazer o que quisermos e falar do assunto que queremos do jeito que a gente quer. Isso é muito libertador. Na televisão é diferente. Quer queira quer não, você está a mercê da aprovação de muita gente.
Hoje você conseguiria sobreviver financeiramente só fazendo internet?
Com o Porta dos Fundos, sim. Mas eu não conseguiria sobreviver na minha vida só fazendo internet. Porque eu gosto de fazer tudo ao mesmo tempo e agora. Eu faço TV aberta, TV fechada, cinema, teatro... Se eu fizesse só internet, eu ia ter um troço. Eu quero fazer tudo, mas, financeiramente, já dá. A gente já consegue tirar um dinheiro, nós só não ficamos com ele. A gente reinveste, por que a fonte principal de renda vem do teatro, do cinema e da TV. De qualquer forma, a internet é um lugar onde as pessoas [as empresas] pagam menos. Elas ainda acham que a internet é uma coisa menor. O que o Porta dos Fundos está fazendo é nivelando por cima. Em alguns casos, as pessoas falam que nós cobramos valores de TV e aí a gente responde: a internet é a nova TV.
Pode ser coincidência, mas você é o protagonista dos vídeos que envolvem empresas (TIM, Spoleto e Coca-Cola) que tiveram grande repercussão. Alguma razão para isso? Você é o “cara” do Porta dos Fundos? Tem a ver com seu passado “estudante de administração”?
Não, definitivamente não. O Porta dos Fundos é uma junção de superpoderes. É meio que a Liga da Justiça. Só um de nós não conseguiria fazer o Porta dos Fundos. Precisou juntar nós cinco mesmo.
Como você seleciona as empresas que vai ironizar? Na verdade, são as empresas que eu uso. Eu tenho TIM, eu tomo Coca Zero, eu vou ao Spoleto, eu tenho Net na minha casa. Eu falo que é um guia de experiências. Eu falo sobre o que acontece comigo e o que eu acabo descobrindo que acontece com todo mundo. 



Quero ser patrão  :
    Um grande  exemplo  de  empreendedor . ele investiu na internet  com  algo  que  ele  sabe  fazer de melhor , que  é  o humor .
    As  oportunidades   estão  ai  ,apartir  do  momento  que  você  tem  uma  idéia  e  coloca isso  para  outra pessoas   e elas  compram  sua  ideia tem  tudo  para  dar  certo .você pode começar  com  um blog  de  empregos, culinária , um  site  de  humor  como  o Fábio Porchat   etc...  . Mais  Apartir  do  momento  que  você  acredita  que  isso  vai dar  certo  ,claro  com  cautelas  mais  sempre ótimistas  vão  começar a  aparecer  os  resultados . 
   Não  digo  isso  apenas  para  site  ou blog  ,isso  pode  ser  colocado  também  para  outros  tipos de negócios  como  restaurante , uma  barraquinha de cachorro quente ou  para  um vendas  ou para são  de belezas.

   O  pesamento  de  hoje  é  " Acredite  em você ,pois se  você  não  tiver esse  entendimento nada vai para  frente , vai  em busca  de  seus  sonhos  !"

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